Bioimpedanciometria: Exame essencial para o controle de peso
Como medir se um programa para perda de peso está dando certo? Será que só o peso perdido indicado na balança e o índice de massa corpórea (IMC, que é o peso/altura²) são suficientes? E aquele paciente que está treinando para ganhar massa muscular, de que forma podemos ver sua evolução? Para isso utilizamos os métodos de análise de composição corporal, dentre eles um dos mais populares é a bioimpedanciomentria. Através deste equipamento, medimos a resistência que diferentes partes do corpo tem a passagem de uma corrente elétrica de baixa voltagem. De maneira bem simples, quanto mais massa gorda uma pessoa possui, maior a resistência a passagem desta corrente elétrica. Alguém que perde peso e, ao mesmo tempo diminui sua resistência elétrica, provavelmente está eliminando massa gorda e vice-versa.Assim, o aparelho é capaz de calcular alguns parâmetros como massa gorda, percentual de gordura corporal, massa magra e, dentro deste compartimento, a massa muscular, além de estimar a taxa metabólica em repouso ou basal. Acompanhar a evolução desses indicadores é de extrema utilidade. Ele responde a perguntas importantes como, por exemplo, se um paciente que perdeu pouco peso entre uma consulta e outra foi porque seu tratamento estagnou ou por estar ganhando massa muscular na mesma proporção que está perdendo massa gorda, o que seria bom neste último caso. Serve também para avaliar se uma pessoa com um IMC normal é realmente saudável ou apresenta um percentual de gordura aumentado e não percebido, acompanhar o progresso de exercícios de musculação, entre outros. Importante ressaltar que nem todos os equipamentos disponíveis trazem informações confiáveis e é necessário alguns cuidados antes de realizar esse exame, como estar em jejum por pelo menos 4 horas, evitar medir no período menstrual, retirar objetos metálicos etc. Na Árium Saúde dispomos de aparelho de bioimpedanciometria de alta precisão para um melhor acompanhamento dos pacientes em diferentes situações. Agende sua consulta.
Como ter motivação para perder o peso perdido?
Manter o peso perdido não é fácil. Cerca de 80% dos pacientes que emagreceram irão voltar ou mesmo ultrapassar o seu peso original depois de 1 ano. Quem nunca ouviu falar ou mesmo sofreu com o famigerado “efeito sanfona”? É comum que nos primeiros 3 a 6 meses de tratamento a motivação do paciente esteja em alta, afinal de contas é no início que a perda de peso é mais acelerada e evidente. Porém, depois de um tempo ocorre um natural relaxamento e o paciente dá a perda de peso como uma meta cumprida. Há também aqueles que perderam um montante significativo de peso, mas desistem pois não atingiram aquilo que consideram ideal, não valorizando o que conquistaram. O resultado quase sempre é o mesmo, reganho de peso e frustração. O que fazer então? Primeiro é compreender que a obesidade é uma doença crônica, complexa, que possui componentes genéticos, ambientais, emocionais e hormonais envolvidos. Seu equilíbrio é delicado e o organismo fará de tudo para voltar ao peso inicial, aumentando o apetite e reduzindo o gasto calórico na medida em que a pessoa emagrece. Ao se atingir o peso desejado é que os bons hábitos alimentares deveriam ser consolidados, as atividades físicas aumentadas e não o oposto. Continuar motivado nessa etapa é essencial. Algumas estratégias para não baixarmos a guarda são: – Tirar fotos de antes e depois da perda de peso para nunca se esquecer de como isso valeu a pena. – Faça uma lista do que o motiva a manter o peso. Ter mais saúde? A admiração do parceiro e de amigos? Mais autoestima? – Buscar prazeres em outras fontes além da comida, como na própria atividade física, ter um hobby, relacionamentos saudáveis, cuidar do próximo e por aí vai. – Gratificar-se com presentes que não envolvam comida, como uma roupa nova, um passeio, uma nova bicicleta etc. – Contar com a ajuda de familiares, amigos, médico, psicólogo e nutricionista para se manter vigilante na meta e nunca desistir. Quando prestamos contas a pessoas de confiança nosso nível de engajamento aumenta.
Fique feliz mesmo com uma pequena perda de peso
Costumo sempre fazer a seguinte pergunta aos pacientes que estão acima do peso: “quantos kg você gostaria de perder?” Faço esse questionamento não porque essa será necessariamente minha meta, mas sim para saber o que motiva o paciente a querer perder pesoGeralmente as grandes metas de perda de peso, como 20 kg, 30 kg, ou voltar ao peso que tinha quando bem mais jovem, tem a estética como principal motivador. Se preocupar com a beleza e autoestima é importante, mas pode se tornar um problema dependendo de onde se deseja chegar. Sabemos que reduções de peso dessa magnitude são muito difíceis de serem atingidas. Muitas vezes o paciente até emagrece bastante, mas não fica satisfeito pois não atingiu aquele peso considerado “ideal”. Como consequência, abandona o tratamento frustrado e sem perceber o quanto aquela perda de peso lhe fez bem. Pois saibam que, mesmo pequenas perdas de peso, como 5% do peso (o que equivaleria uma pessoa de 80 kg emagrecer 4 kg, por exemplo), pode trazer grandes benefícios como: Redução ou mesmo suspensão (em alguns casos) de medicamentos para diabetes, hipertensão e colesterol Diminuição de dores articulares Melhora da qualidade do sono e redução dos episódios de apneia Redução de 12% no risco de desenvolver câncer de mama Melhora do desempenho sexual e fertilidade Diminuição no risco de desenvolver diabetes e outras doenças cardiovasculares Melhora de sintomas como depressão e ansiedade Maior disposição física e mental para atividades cotidianas Diminuição dos níveis de gordura no fígado Redução no risco de complicações graves por COVID-19 Entre tantos outros… É claro que devemos fazer o melhor possível para atingirmos a meta desejado, mas procure valorizar qualquer peso que tenha perdido, pois com toda certeza sua saúde estará melhor do que antes
