Diabetes é uma doença que tem um potencial de causar graves complicações à nossa saúde. Por conta disso, o ideal seria uma forma de tratamento que curasse o diabetes, ou seja, eliminasse a doença para sempre.
Mas será que existe uma cura para o diabetes ou estamos muito distantes disso?
A resposta de forma direta é não. Ainda estamos longe de uma cura para o diabetes por se tratar de uma doença bastante complexa, o que não quer dizer que não houve avanços importantes na área.
Vamos distinguir algumas novidades no tratamento para os dois principais tipos de diabetes: o tipo 1 e o tipo 2.
No diabetes tipo 1, cuja causa é uma doença autoimune que “destrói” as células pancreáticas produtoras de insulina, a única forma da pessoa deixar de usar esse hormônio seria através do transplante de pâncreas, mesmo assim ainda dependeria do uso de imunossupressores para sempre.
Há muita pesquisa com transplante de células beta (produtoras de insulina), mas esse é um campo de pesquisa ainda em seus estágios iniciais, além de novas bombas de insulina que simulariam um pâncreas artificial que estão a caminho.
Já no diabetes tipo 2, cuja doença está mais relacionada a resistência ao efeito da insulina causada pelo excesso de peso e maus hábitos alimentares, podemos falar em remissão em muitos casos.
Remissão quer dizer manter o diabetes controlado sem medicamentos, mas diferente de cura, a doença pode voltar se alguns cuidados não forem tomados.
Foi o que demonstrou um grande estudo britânico chamado DiRECT, publicado em 2019. Portadores de diabetes há menos de 5 anos e que conseguiram perder no mínimo 10 kg com uma dieta restritiva de 800 kcal, seguida de uma dieta saudável para manutenção do peso, conseguiram uma taxa de remissão de 64% da doença.
A conclusão que chegamos é de uma forte relação entre diabetes tipo 2 e excesso de peso e como é importante emagrecer e não engordar novamente. Óbvio que ninguém deve tentar perder esse peso sozinho e abandonar os remédios sem acompanhamento profissional.