Hormônios regulam diversas funções de nosso organismo, inclusive o ritmo de sono e vigília. O principal hormônio relacionado ao sono chama-se melatonina.
Dormir bem é essencial para nossa saúde. É durante o sono que ocorrem mudanças como reparo do circuito neuronal, das fibras musculares, diminuição de hormônios relacionados ao estresse, entre outros. Dormir mal favorece o surgimento e piora de uma série de doenças, como obesidade, diabetes, hipertensão arterial, depressão, ansiedade, perda de massa muscular, alterações cognitivas e de memória, entre outros.
E a melatonina atua da seguinte maneira: na medida em que a noite chega e diminuímos nossa exposição a luminosidade, células fotossensíveis localizadas nas retinas enviam estímulos para a glândula pineal, que fica localizada na parte debaixo e posterior do cérebro, para que lá seja produzida a melatonina. Horas depois que o estímulo se inicia a melatonina progressivamente induz a um estado de relaxamento e sonolência.
Entendemos aí por que à noite devemos diminuir os estímulos luminosos de TVs, computadores, celulares e luzes domésticas, pois isso pode prejudicar a produção de melatonina e gerar quadros de insônia.
Existem situações específicas de pessoas que sofrem ruptura do ritmo normal de sono, como visto em trabalhadores noturnos, pessoas que viajam entre diferentes fusos horários, portadores de doenças neuropsiquiátricas entre outros, que podem se beneficiar do uso de melatonina como medicamento.
No Brasil não existe melatonina a venda em drogarias convencionais, somente por meio de farmácias de manipulação ou por importação. Entretanto, por aqui estão disponíveis medicamentos que atuam nos receptores celulares de melatonina de forma semelhante ao hormônio original, como a ramelteona e a agomelatina.
E sempre é válido reforçar, jamais se automedique, pois, todo medicamento pode causar efeitos colaterais, graves inclusive. Consulte sempre o seu médico.