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Cuidados com o Pé Diabético

Exame do Pé Diabético

O Pé Diabético é uma complicação do diabetes muito comum, pouco abordada em consultas médicas e desconhecida por muitos dos pacientes. Compreende alterações neurológicas, vasculares e/ou ortopédicas nos pés, podendo inicialmente ser assintomáticas, mas que apresentam caráter crônico, progressivo e que podem, no futuro, levar as temidas complicações de úlceras e amputações.

Estima-se que cerca de 15% dos pacientes diabéticos apresentarão em algum momento sinais indicativos de Pé Diabético. O diabetes hoje corresponde à principal causa de amputação não traumática de membros inferiores, em média de 50% a 70% destas amputações nos EUA. Mesmo antes de se chegar a este estágio, o Pé Diabético pode representar um importante fator limitador, levando ao isolamento do indivíduo, aposentadoria compulsória e dependência de terceiros para seus cuidados e locomoção, o que gera um enorme custo social.

Sabe-se também que as alterações neurológicas e vasculares nestes pacientes não estão presentes somente nos pés e sim em outros órgãos e sistemas, como rins, retina, artérias do coração, cérebro, etc. Desta maneira, o portador de Pé Diabético é considerado um paciente de alto risco para outras complicações e mortalidade, podendo chegar nos pacientes com úlceras e/ou amputações a mais de 70% de risco de morte em 10 anos.

Quais os sinais e sintomas de alerta para o Pé Diabético?

Como foi dito antes, na maioria das vezes o início desta complicação é completamente assintomática do ponto de vista do paciente e somente durante a consulta médica, através de testes de sensibilidade (teste do monofilamento, diapasão, sensibilidade tátil, térmica, etc) é que serão detectados os casos suspeitos.

Os pés, por estarem longe do alcance de nossos olhos (sem contar que muitos pacientes já não enxergam muito bem…), podem ter os seus primeiros indícios de doença completamente ignorados. Portadores de diabetes, portanto, devem ficar atentos às seguintes alterações:

– Pés ressecados, descamativos e com rachaduras

– Áreas de formação de calos. Estes locais são os que recebem maior pressão de contato e mais suscetíveis ao surgimento de úlceras

– Pés vermelhos, quentes, com veias dilatadas em seu dorso (neuropatia)

– Pés pálidos ou arroxeados, com sensação constante de frio e pele fina (doença vascular)

– Sensação de “dormência”, “choque”, “pontada”, “queimação”, que podem ser constantes ou intermitentes.

– Perda do chinelo(s) e sandália(s) sem que seja percebido, durante uma caminhada, devido anestesia dos pés.

– Unhas dos pés finas, quebradiças e que demoram a crescer. Diminuição de pelos nos pés.

– Ferimentos nos pés que demoram a cicatrizar ou que estão aumentando de tamanho, inclusive micoses entre os dedos.

– Alterações no formato da planta do pé (ex: perda da curvatura normal do arco plantar com “achatamento” do mesmo), dedos “em garra” e desequilíbrio ao andar.

Como tratar o Pé Diabético?

Sem dúvida nenhuma, a prioridade é manter um controle glicêmico rigoroso, através de um adequado programa de atividades físicas, dieta e uso correto de medicamentos para diabetes, antecipando, desta forma, o surgimento das complicações do Pé Diabético. Evite cigarro, controle bem a pressão arterial, colesterol e outras doenças que podem levar a má circulação para os pés e piorar ainda mais o quadro clínico.

Antes de iniciar a atividade física, é necessário examinar os pés para a escolha do par de tênis ideal, podendo esta avaliação ser feita também em conjunto com podólogo (especialista não-médico em cuidados com os pés) e ortopedista. O calçado deve ser confortável, fechado (para minimizar o risco de entrada de objetos potencialmente lesivos aos pés, como pedras, cacos de vidro, etc) e com palmilhas próprias para a curvatura das plantas dos pés. Evitar calçados apertados e que possam induzir o aparecimento de calos e joanetes.

Em casos mais específicos em que já haja deformidades dos pés ou mesmo amputação de dedos ou de parte de um dos pés, o calçado deve ser confeccionado sob medida.

Utilize loções hidratantes. Atualmente existem produtos eficazes e apropriados para o uso em diabéticos, pergunte ao seu médico.

Checar sempre o interior dos calçados em busca de corpos estranhos em seu interior, antes de calçá-los. Utilizar meias confortáveis e anti-transpirantes, como de algodão, por exemplo.

Evite tomar banho muito quente, para evitar o ressecamento excessivo da pele ou mesmo queimaduras, e muito frio, principalmente naqueles que já apresentam problemas circulatórios nos pés. Enxugue bem os pés, principalmente entre os dedos, para evitar o surgimento de micoses.

Mantenha os pés bem agasalhados em dias mais frios. Muito cuidado ao andar descalço em lugares quentes, como areia da praia, por exemplo.

Nunca tente resolver um problema de unha encravada, calos e joanetes sozinho ou com a pedicure, podem surgir lesões graves. Evite remover cutículas e mantenha o corte das unhas reto. Procure um podólogo, se necessário.

O médico deve, pelo menos uma vez ao ano, fazer um exame físico detalhado dos pés. Peça sempre para ser examinado e informe sobre quaisquer alterações que tenha notado em seus pés, por mais que elas pareçam inofensivas e sem relação com o diabetes.

Em caso de lesões ulcerosas e que demoram a cicatrizar, o tratamento pode ser mais complexo e envolver endocrinologista, cirurgião vascular, cirurgião plástico, ortopedista, enfermeira e podólogo, para a prescrição de antibióticos, curativos, tratamento tópico e debridamento das lesões, investigação de infecções ósseas associadas, avaliação de necessidade de terapia com oxigênio hiperbárico, enxertos de pele, etc. Jamais atrase o tratamento de uma úlcera em Pé Diabético!

Não abandone aqueles que sustentam seu corpo todos os dias!

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