Feugiat nulla facilisis at vero eros et curt accumsan et iusto odio dignissim qui blandit praesent luptatum zzril.
+ (123) 1800-453-1546
clinic@qodeinteractive.com

Related Posts

Home / Blog

Corticoides: muito cuidado ao usar!

Uso de corticoides

Os corticoides são medicamentos bastante populares em nosso meio e, muito provavelmente, em algum momento da vida você já deve ter usado. Eles são derivados sintéticos dos corticosteróides, hormônios produzidos por nosso organismo e são usados principalmente como potentes anti-inflamatórios e imunossupressores.

Corticoides auxiliam no tratamento de uma série de doenças, como Asma, Artrite Reumatóide, Lupus, Púrpuras, Meningites, infecções generalizadas (Sepse), são indicados em pacientes transplantados, como adjuvante de quimioterápicos no tratamento de câncer, entre muitas e muitas outras funções. Sem dúvida nenhuma a história da medicina não seria a mesma sem o uso dos corticoides, eles já salvaram muitas vidas e amenizaram a dor e o desconforto de muitas pessoas, porém…

Os corticoides em doses excessivas podem fazer mal à saúde!

Corticoides estão presentes em diversas apresentações, como em pomadas, cremes, cápsulas e aerossóis inalatórios, sprays nasais, comprimidos, xaropes e injeções. Conhecemos eles por diversos nomes: Prednisona, Dexametasona, Betametasona, Hidrocortisona, Prednisolona, Triancinolona, Deflazacort, Mometasona, Beclometasona, Budesonida, etc. Como são relativamente baratos, facilmente encontrados e muito eficazes em melhorar os sintomas de diversas doenças, são muitas vezes utilizados de forma indiscriminada tanto por pacientes como por muitos médicos.

É muito frequente vermos pessoas usando corticoides para tratar simples quadros de resfriados, dores articulares ou pequenas lesões de pele que poderiam ser controladas de formas menos agressivas ao organismo. Se usados por um período muito curto e em uma dosagem baixa, provavelmente não haverá maiores prejuízos, o problema é que, o que observamos é o uso repetitivo e prolongado em qualquer situação clínica, sem nenhuma preocupação.

E não são poucos os efeitos colaterais do uso indiscriminado de corticoides. Eles podem provocar a Síndrome de Cushing, situação clínica potencialmente grave induzida pelo excesso de corticoides, neste caso secundário ao uso de medicamentos contendo este derivado hormonal. Os principais sinais e sintomas são:

– Aumento nas taxas de açúcar no sangue e descompensação do diabetes

– Elevação da pressão arterial

– Piora do perfil do colesterol e triglicérides

– Maior risco de contrair infecções oportunistas, como candidíase, infecções bacterianas e virais graves

– Ganho de peso excessivo

– Osteoporose

– Aumento de pelos em mulheres, oleosidade da pele e acne

– Fraqueza muscular

– Hematomas e estrias violáceas

– Gastrites e úlceras no estômago e duodeno

– Aumento de gordura no fígado

– Restrição de crescimento e puberdade precoce em crianças

– Irregularidade menstrual e infertilidade

– Catarata subcapsular

– Alterações neurológicas e comportamentais, como insônia, quadros depressivos e psicose

Outro problema relacionado ao uso de corticoides está ligado a sua interrupção abrupta após uso em altas dosagens e por longos períodos, como observamos em casos mais graves de asma, doenças reumáticas e em pacientes internados. Nestas situações específicas, a retirada do corticoide deve ser feita de maneira gradual, pois há o risco do paciente apresentar quadro grave de insuficiência adrenal se a parada for feita repentinamente. A insuficiência adrenal é uma situação clínica provocada pela falta de corticoides produzidos pelas glândulas suprarrenais, pois o uso de altas dosagens de corticoides sintéticos pode inibir a função destas glândulas por um certo período e provocar sintomas como hipoglicemias, tonturas, náuseas, vômitos, queda de pressão que podem ser graves e levar a um quadro choque.

E caso realmente seja necessário o uso de corticoides, há alguma maneira de amenizar os sinais e sintomas?

Como dissemos antes, corticoides são muito úteis em medicina, mas são como uma faca de dois gumes. O limite entre a dose terapêutica e a tóxica nem sempre é claro, mas existem algumas medidas que podem diminuir o risco de efeitos colaterais como a escolha de corticoides de ação local, como inalatórios, para prevenção de quadros asmáticos mais graves, por exemplo. Esta medida é muito mais segura ao paciente do que permitir que o quadro piore e sejam necessárias frequentes passagens em pronto-socorro para uso de corticoides injetáveis na urgência e posterior continuidade do tratamento com alguma formulação oral, por uma ou mais semanas, para estabilização da doença.

Em alguns casos, nem sempre formulações de ação local, como as inalatórias, sprays e cremes irão controlar o quadro clínico em questão e será mesmo necessário indicar o uso de corticoides mais potentes e de ação sistêmica. Nestas situações, é importante que o paciente também passe a acompanhar em conjunto com o endocrinologista para monitorar e tratar as possíveis complicações que possam vir a ocorrer. Algumas formulações orais mais recentes e com menos efeitos colaterais, como o Deflazacort, por exemplo, podem ser utilizadas em alguns casos, mas ainda assim devem ser prescritas com cuidado.

Corticoides orais e injetáveis, como acabamos de ver, são mais potentes e também podem provocar muito mais efeitos colaterais em todo organismo comparado às outras formulações. Obviamente isto não significa que uso de corticoides de efeito local são de uso livre, mesmo estes, se utilizados repetitivamente e por um longo período, podem trazer sérios danos à saúde. Mesmo sendo considerados de efeito local, algum efeito sistêmico acaba acontecendo com o passar do tempo. Nunca se automedique!

E, infelizmente, um último aviso, para que os pacientes observem também a conduta de seus médicos, principalmente daqueles que para qualquer dor ou tosse tem uma receita pronta de comprimido ou xarope a base de corticoide. Questione seu médico se o uso é realmente necessário, se há outra opção de tratamento e, se a resposta do seu médico não for satisfatória e você ainda tiver dúvidas, peça uma segunda opinião. Corticoides são muito importantes, mas não podem ser consumidos que nem água, devem ser utilizados com racionalidade e cautela!

Gostou deste artigo? Clique aqui e cadastre-se para receber dicas de saúde e informações sobre endocrinologia!

Compartilhe:
Facebook
Twitter
LinkedIn

Outros Notícias Recomendadas